terça-feira, 3 de outubro de 2017

A relação Médico-Paciente



















A tarefa da medicina no século XXI será a descoberta da pessoa: encontrar as origens da doença e do sofrimento, com este conhecimento desenvolver métodos para o alívio da dor e ao mesmo tempo revelar o poder da própria pessoa, assim como nos séculos XIX e XX foi revelado o poder do corpo” (Cassel, 1991:X).

Os pacientes necessitam, mais do que cuidados físicos, de atenção quanto ao seu bem-estar mental e emocional, nomeadamente quanto aos medos específicos e ansiedades relacionadas com a saúde e as doenças. Necessitam de informação precisa dos exames a realizar e dos tratamentos a seguir, necessitam de qualidade de vida, de apoio às crises pessoais e familiares, etc.

Sempre que não há uma resposta adequada a essas necessidades há insatisfação dos pacientes em relação ao comportamento dos profissionais de saúde e uma avaliação negativa da qualidade dos cuidados que lhes foram prestados. Por outro lado, saber adaptar-se ao perfil psicológico e mental dos pacientes é uma tarefa que obriga o profissional de saúde ao estudo permanente, no sentido da melhoria dos cuidados médicos e da satisfação dos pacientes para que o processo de cura seja mais rápido e mais eficaz.

Sabemos que hoje a medicina não tem tempo para o doente, fruto do processo de cientificização da medicina iniciada em finais do séc. XIX em que, acrescentando-se à relação entre médicos e pacientes o prestígio da ciência experimental que se iniciava, se mantém a indiscutível confiança no médico mas sem diálogo suficiente com o paciente para a recolha de informações clínicas profundas. As consultas duram 10 a 15 minutos e o foco é colocado unicamente nos sintomas físicos e numa terapêutica de alívio dos sintomas e não de resolução da sua causa.

Apesar de não ser seguida pela medicina convencional, é hoje largamente aceite que a promoção da relação médico-paciente conduz ao incremento na qualidade dos cuidados de saúde. Especificamente contribui para melhorar o processo de entrevista médica, facilita a compreensão e memorização das recomendações médicas e, consequentemente, aumenta a adesão, diminui sintomas físicos e aumenta a satisfação do utente. Neste sentido, uma comunicação eficaz, ao permitir a deteção precoce de patologias e ao reduzir os tempos de internamento, diminui os custos associados aos cuidados de saúde.

Em Homeopatia, os princípios de comunicação que orientaram Samuel Hahnemann foram praticados também por Hipócrates, o “pai” da Medicina e servem de base à anamnese homeopática, fundamental para a prática da Homeopatia, uma vez que é a avaliação da pessoa e não da doença que está na base da determinação do remédio individualizado e único, capaz de estimular a força vital do paciente num processo de autorregulação do seu organismo. Essa avaliação faz com que uma consulta de homeopatia tenha uma duração nunca inferior a uma hora. A relação homeopata-paciente é, portanto, também a base do processo de cura por esta medicina.

Para Hipócrates grande parte da arte médica consiste na capacidade de observação do médico. A observação deve ser feita sem nenhum tipo de preconceito ou julgamento, estando o homeopata aberto aos relatos explícitos e implícitos do paciente. Outro dos princípios gerais de Hipócrates é estudar o doente, não a doença. Este princípio, proposto pela primeira vez no tempo de Hipócrates, assentou as bases do holismo, estabelecendo que na compreensão do processo saúde/doença não se divide a pessoa em sistemas ou órgãos, devendo-se avaliar a totalidade do indivíduo. Avaliar honestamente, dando-se importância à leitura prognóstica dos problemas da pessoa é outro dos princípios defendidos por Hipócrates e presentes também na avaliação homeopática.

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sexta-feira, 30 de junho de 2017

Porque Adoecemos?



Se considerarmos o ser humano como um todo, tendo em conta a sua inteligência, a capacidade de sentir emoções, o poder da linguagem com que se exprime, as capacidades cognitivas e criativas, podemos afirmar que nenhum outro organismo à face da Terra é tão complexo e multidimensional.

Quando nascemos despertamos para um mundo hostil e desconhecido. A nossa primeira emoção é o medo da queda, pois é essa a primeira sensação que temos ao sairmos do ambiente aquoso e confortável da nossa mãe. Mas também as luzes, o ruído, o movimento e as pessoas à nossa volta começam a criar uma imagem do caos que nos acompanhará para o resto da vida.

Quando nascemos, nascemos puros, livres de agentes invasores morbíficos e nascemos felizes com as únicas tarefas de, nos primeiros meses de vida, nos alimentarmos do leite da nossa mãe e de dormirmos. Esse ritual é um ritual determinante para o desenvolvimento de um sistema imunitário saudável. A seguir, o contacto com outras crianças, com o ambiente, com as doenças epidémicas típicas da infância, são fatores essenciais para que o sistema imunitário possa ser devidamente treinado e com isso ficar mais forte para ser capaz de enfrentar os ataques ao seu equilíbrio homeostático ao longo da vida. 

É sabido que o sistema imunitário aprende como se defender através do contacto com a doença epidémica, por isso, quando não permitimos que esse processo ocorra, não teremos um sistema imunitário mais forte, mas sim e pelo contrário, um sistema imunitário mais enfraquecido. Por outro lado, existem outros fatores pelos quais adoecemos, resultantes do nosso modo de vida, dos nossos hábitos, hábitos alimentares, pensamentos e emoções negativas, para além da utilização indiscriminada e precoce de vacinas e de certos medicamentos, como os antibióticos, anti-inflamatórios, corticosteroides, cremes com fatores de proteção solar elevados ou a exposição excessiva a radicais livres ou a outras substâncias químicas presentes no ambiente e que colocam o nosso organismo sob stress oxidativo.

Quase todas as pessoas apresentam problemas de saúde. Não existe uma única criança que, no seu processo de crescimento, não tenha um ou outro problema de saúde e que normalmente começa por uma manifestação aguda e por isso com febres altas. Essas doenças também típicas da infância, que não as epidémicas, manifestam-se principalmente nos sistemas mais expostos ao meio ambiente, ou seja, nos sistemas respiratório, digestivo e tegumentar (pele). Quando as doenças agudas não são adequadamente tratadas, quando os sintomas são suprimidos e o sistema imunitário, como consequência se torna mais fraco, o quadro geral de saúde da criança ficará permanentemente comprometido e a doença, que era superficial, passará para níveis mais profundos, para órgãos de maior importância vital.

Ao suprimirem-se os sintomas, poderemos ficar com a impressão inicial de que o quadro geral melhorou, mas, de facto, a doença irá tornar-se cada vez pior. É invenção puramente intelectual afirmar que os sintomas são manifestações negativas e que devem ser eliminados ou suprimidos. São antes mecanismos biológicos de aviso e de adaptação.

Em Homeopatia não se trata a doença que a pessoa tem, mas sim a pessoa que tem a doença e por isso todos os sintomas físicos, mentais e emocionais são importantes e utilizados na procura do tratamento individualizado adequado. A supressão é substituída por estímulos de autorregulação do organismo com vista ao equilíbrio homeostático da pessoa doente.

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quarta-feira, 12 de abril de 2017

Homeopatia é uma Vacina?











Não. Homeopatia não é uma vacina.

O que existe no Universo é coerente. Tudo nasce, cresce e morre de acordo com as leis universais. E nós seres humanos temos também de viver nessa coerência. Em coerência com a natureza, com tudo o que ela nos proporciona e com nós próprios, com todos os níveis da nossa existência. Nós somos feitos dessa natureza, pura, diversa e funcional e temos algo que nos distingue dos demais seres que connosco coabitam, que é a capacidade de pensar e de sentir. Por isso não somos só seres físicos, temos pensamentos e sentimos emoções. Isso constitui a nossa coerência juntamente com tudo o que nos rodeia. O Universo é luz, é informação, é energia, é coerência. Quando queremos alterar as leis da coerência, o que geramos é caos. Jamais poderemos deixar de pensar na nossa individualidade e na nossa estrutura física, mental, emocional e energética como a totalidade do SER humano. O nosso corpo físico juntamente com o mental e com o emocional sabe o que é necessário para nos mantermos saudáveis e por isso em harmonia.

Uma vacina é algo que contém uma substância que o CORPO humano (físico) não reconhece como sua, para combater uma doença que não está presente.

A vacinação é muitas vezes citada como sendo um exemplo do uso, na medicina convencional, da Lei dos Semelhantes, o que não é verdade. Essa confusão deve-se ao facto das vacinas conterem uma pequena quantidade de substância capaz de produzir uma doença em pessoas saudáveis.Ora, se as vacinas são administradas a populações inteiras sem levar em consideração a individualidade de cada um, isso é absolutamente o oposto dos princípios da homeopatia, já que uma substância estranha é administrada indiscriminadamente, independentemente do estado de saúde ou sensibilidade individual.

Em homeopatia, a substância, diluída e dinamizada, desprovida portanto de agentes tóxicos, é administrada por forma a combater os sintomas da doença presente, estimulando uma reação orgânica e vital, energética e vibracional, de autorregulação do SER humano, tendo por isso em consideração a individualidade de cada um.

Vejamos então qual é a função do sistema imunitário. A primeira função do sistema imunitário é diferenciar o que reconhece do que lhe é estranho. Sem ter a capacidade de reconhecer o intruso estranho (porque a doença não está presente), nenhuma ação é desenvolvida pelo sistema imunitário, deixando por isso o intruso à vontade para destruir o tecido ocupado. Pior, se a actividade imunitária foi iniciada, os glóbulos brancos não detetarão o alvo a combater e começarão assim a atacar o organismo de qualquer maneira, podendo levar, em casos extremos, entre outras, ao aparecimento de doenças autoimunes.

Mas as vacinas são importantes? Claro que sim, mas numa perspectiva de combate a uma doença epidémica. No mundo de hoje e em especial no mundo ocidental, grande parte das doenças para as quais somos vacinados já foram erradicadas ou estão controladas. E para além disso a grande maioria das vacinas são dadas precocemente. O ser humano tem a sua imunidade humoral assegurada pelos anticorpos da mãe, através do colostrum, mas somente se forem amamentados. Isto significa que nos primeiros 12 meses de vida a imunidade é inespecíflca e por isso reagirá fortemente a tudo o que vem de fora. Assim, várias vacinas administradas em conjunto, precocemente e repetidas em curtos intervalos de tempo, vão fazer com que a imunidade da criança reaja anormalmente podendo gerar complicações graves. Vacine ou não, de acordo com a sua consciência, mas se o fizer opte por não começar a vacinação antes dos 2, 3 anos de idade do bebé, confira que a vacina não tem timerosal (mercúrio), que não sejam vacinas vivas e idealmente use vacinas únicas, nunca compostos.

Qualquer que seja a sua escolha, recorra complementarmente à Homeopatia, para que, pelo menos, possa minimizar os efeitos secundários das vacinas.

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